Historinhas da tia Lore *-* /5

- Guilherme, achei que a essa altura já a teria matado. – A tal da Ana Luiza disse, como se estivesse reclamando. Destiny não havia gostado dela.
- Não seria divertido assim, irmã. { Amanda, não ela não era irmã dele, mas você me deu essa idéia, então, porque não? Alias, amei sua idéia *-* }
- Não, não seria. Olá Destiny. Parece que finalmente nos conhecemos.
- Será que quando mais eu mato, mais aparece ? Ai ai. – Destiny disse debochada.
As mão de Guilherme soltaram o pescoço da garota, mas agora ela se sentia sufocando lentamente. Não era ele que fazia isso, ela constatou após examinar bem as feições dele. Então só podia ser…
- Vadia. – Destiny bradou com repulsa, ela odiava ser feita de brinquedo de demônios, por isso os matava o mais rápido possível, para que não houvesse essa chance. Ela consegui enfiar a mão no minúsculo bolso do shorts que ela usava e segurou um potinho, começou a recitar algumas palavras baixas em latim, era um feitiço.
Seus olhos tornaram-se negros e ela pode ver com clareza as invisíveis mãos que seguiam do corpo de Ana Luiza até o seu pescoço. Ainda com o potinho nas mãos recitou outro feitiço, e parou faltando apenas uma palavra, ela estava preparando uma armadilha, mas antes de matá-los iriam conseguir informações.
- Eu vadia? Com toda certeza sou, mas não sou eu quem vai morrer essa noite, não é mesmo?
- Duvido mui… - o ar que ela puxou escapou quando as mãos invisíveis pressionaram ainda mais seu pescoço. Ela podia sentir uma parte da inconsciência a puxando, e não parava. Quando tudo já estava preto, ela disse a última palavra, mas não antes tendo escutado um forte estrondo vindo de algum canto do corredor Não conseguiu terminar de pronunciar a palavra, ela iria morrer? Não tinha mais forças para lutar se o oxigênio não voltasse rápido para seu cérebro, ainda que quase inconsciente pode ver algo movendo-se devagar. Uma fumaça preta e densa saiu das paredes e começou a rodear os demônios, eles ficaram meio desnorteados, então uma mão passou correndo por Destiny e a levando para fora do corredor. Destiny estava mole, fraca; durante os segundos que demorou até que oxigênio voltasse a circular por seu corpo. Já podia ver quase bem, via uma pessoa na sua frente, mas não podia identificar.
- Anda, corra, sei que você é melhor que isso – Destiny ouviu essa frase em inglês, com um forte sotaque da Inglaterra.
- Muito melhor. – Sempre que desafiada Destiny tornava-se melhor, ela era bem competitiva, estava no sangue.
- Ótimo, porque vamos precisar – A voz continuou, a visão de Destiny voltou e ela apressou-se, não demorou nem meio quarto de segundo para que ela já tivesse ultrapassado a garota – sim era uma garota – e passar a puxá-la.
- Quem é você? – Destiny perguntou com uma cara fechada
- Não importa – respondeu grossa a garota – O que importa é saímos daqui enquanto pudermos, aquilo não vai segurá-los por muito tempo.
- Imagino que não, mas tão pouco sei o que era aquilo, então não me faz diferença.
- Acho que faz.
Destiny a pegou no colo e pois se a correr, ela era sobre humanamente rápida, e forte também a garota ficou um pouco assustada.
- Pra onde vamos? – Perguntou a garota
- Em nenhum lugar que te interesse. Que tal?
- Parece bom pra mim.
Destiny deixou a garota parada no chão, ao lado da sombra de uma árvore que ficava ao lado da pensão.
- Você fica – advertiu ela. – Ou duvido que vá poder contar algo à alguém.
- Entendi a ameaça, não sou idiota, vai logo – disse a garota com cara de tédio.
Destiny viu que não conhecia a garota, mas naquele momento, tão pouco queria.
Subiu agilmente até a janela, jogou tudo que era seu e mais algumas coisinhas que tinha conseguido na mala e novamente desceu pelo parapeito.
- Bela mala – Disse a garota irritante estendendo a mão – Eu sou Rebeca.
- Eu sou Destiny – respondeu Destiny apertando a mão da garota de volta, - Espero que não se importe muito, mas você tem algumas coisas para me explicar.
- Nunca pensei que seria diferente.